Expectativas e desafios da vida: você acha que poderia estar melhor?

Não é incomum ouvir pessoas dizendo que não esperavam que a vida, em determinada idade, ainda estivesse do jeito que está. Muitas comentam que pensavam que já teriam resolvido seus desafios ou encontrado um caminho claro.

Comumente, crescemos com a ideia de que, ao atingir uma certa fase da vida, tudo estará em ordem: saberemos quem somos, quais são nossos objetivos, estaremos mais ajustados nas relações familiares, no caminho profissional e na vida afetiva.

De fato, o passar do tempo pode ajudar a dissolver algumas questões e a transformar nossa visão e postura. Afinal, o tempo abre espaço para mudanças. Contudo, é razoável pensar em uma vida adulta sempre bem resolvida?

As responsabilidades, a sobrecarga de trabalho, os estudos, os relacionamentos, as questões financeiras e a carga emocional de lidar com tudo isso podem nos fazer sentir perdidos. Muitas vezes, não sabemos como agir ou para onde ir diante de tantos desafios.

A ideia de uma vida totalmente bem definida e resolvida é uma falácia. Nossa própria experiência cotidiana nos demonstra isso. Como aponta Feijoo (2019): “(...) a dor é inevitável; a luta insana na tentativa de escapar da dor é sofrimento, e este se finaliza quando se para de lutar e se aceita que vida e dor são inseparáveis.”

Quando nos perdemos, abre-se uma oportunidade de reposicionamento diante da vida e de nós mesmos. Somos levados a prestar mais atenção, a questionar e, muitas vezes, a parar o que estamos fazendo. Em alguns casos, não conseguimos parar, mas sentimos que algo não está certo. É nesse ponto que se torna possível mudar o percurso.

Perder-se faz parte da experiência humana. Não importa a idade, o que você conquistou ou quantos desafios superou — a vida pode nos surpreender, nos derrubar, você pode se confundir e cometer erros. Essas experiências são parte do que nos torna humanos.

A vida adulta não é sobre desempenhar uma performance idealizada. É sobre como lidamos com as situações, como acolhemos os tropeços e buscamos reorientação.

Ninguém possui a resposta definitiva para o que é ser adulto ou viver plenamente. Parece ser muito mais sobre o caminho, do que sobre o resultado final.  

Quer ajuda para lidar com essas demandas?

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